Retirada de testículo (orquiectomia) causa impotência?
Orquiectomia e impotência - Descubra a verdade por trás da retirada de testículo.
A orquiectomia, procedimento cirúrgico de remoção de um ou ambos os testículos, causa apreensão e preocupação nos pacientes, principalmente naqueles mais jovens, que é um dos mais afetados pelo câncer de testículo.
Além das preocupações comuns relacionadas à saúde e ao bem-estar, uma das inquietações mais proeminentes entre os homens submetidos à retirada do testiculo, é a possível ocorrência de impotência sexual.
A capacidade de manter uma vida sexual saudável é fundamental para a qualidade de vida de qualquer indivíduo, e compreender os riscos e implicações da orquiectomia nesse aspecto é essencial para tomar decisões informadas sobre o tratamento.
Neste artigo, exploraremos essa questão delicada, analisando as conexões entre a orquiectomia e a impotência, bem como as medidas que podem ser tomadas para minimizar os riscos associados a esse procedimento cirúrgico. Boa leitura!
Para quem é indicada a retirada do testículo?
A orquiectomia pode ser realizada por diferentes razões médicas, dentre as mais comuns, está o câncer testicular.
O câncer testicular é uma forma relativamente comum de câncer, mas é altamente tratável quando detectado precocemente.
Em casos de câncer testicular, a orquiectomia pode ser necessária, porque, ao remover o testículo afetado, consegue prevenir a disseminação do câncer para outras partes do corpo.
Após a cirurgia, o paciente e a equipe médica trabalham juntos para determinar o melhor plano de tratamento adicional, se necessário, para garantir a recuperação e a saúde a longo prazo do paciente.
O que acontece após a retirada do testículo?
Após a orquiectomia, algumas mudanças podem ocorrer no corpo e na saúde do paciente.
A produção de testosterona pode ser reduzida após a orquiectomia. Isso pode levar a sintomas de deficiência de testosterona, como diminuição da libido, fadiga, perda de massa muscular e alterações de humor.
A retirada dos testículos pode causar um impacto emocional significativo no paciente. Muitos homens podem experimentar ansiedade, depressão ou problemas de autoestima após a cirurgia.
É importante ressaltar que, após uma orquiectomia, a qualidade de vida e a adaptação às mudanças podem variar de pessoa para pessoa.
É fundamental que os pacientes discutam todas as preocupações e possíveis efeitos colaterais com seu médico antes da cirurgia, e que recebam acompanhamento médico e psicológico adequado após o procedimento para garantir uma transição saudável.
Após a retirada do testiculo o homem ainda pode ter filhos?
Esta é uma das principais dúvidas trazidas ao consultório pelos pacientes. E, a resposta é: depende.
Após a retirada de um testículo (orquiectomia unilateral), um homem ainda pode ter filhos.
O testículo remanescente, geralmente, continua a produzir espermatozoides, permitindo que a fertilidade seja mantida em muitos casos. No entanto, a quantidade e a qualidade dos espermatozoides podem ser afetadas.
A capacidade de conceber filhos após a orquiectomia depende de vários fatores, incluindo a saúde geral do homem, a qualidade do esperma remanescente e a presença de outras condições médicas que possam afetar a fertilidade. Portanto, é fundamental discutir as opções e planos de fertilidade com um profissional de saúde qualificado.
Se a fertilidade é uma preocupação após a orquiectomia, o homem pode considerar as seguintes opções:
Armazenamento de Esperma (Criopreservação):
Antes da orquiectomia, o homem pode optar por armazenar seu esperma por meio da criopreservação (congelamento de espermatozoides). Isso permite que ele tenha espermatozoides disponíveis para fertilização in vitro (FIV) ou inseminação artificial no futuro, caso seja necessário.
Consulte um Especialista em Fertilidade:
É importante discutir todas as opções com um médico especializado em fertilidade masculina. Ele pode fornecer orientações específicas com base na situação individual do paciente.
Como é feita a retirada de testículo (orquiectomia)?
A cirurgia de orquiectomia pode ser realizada utilizando a técnica aberta, nestes casos, são necessárias grandes incisões no abdômen do homem.
A cirurgia laparoscópica, por outro lado, é um procedimento minimamente invasivo em que são feitas pequenas incisões ou portais para introduzir os instrumentos cirúrgicos.
Usamos um laparoscópio, um instrumento fino conectado a um sistema de fibras ópticas e microcâmeras, para visualizar o interior da cavidade abdominal. As imagens captadas são então projetadas em um monitor, ampliando-as em até 20 vezes.
É importante ressaltar que a cirurgia laparoscópica é feita sob anestesia geral e requer internação hospitalar. Também é necessário realizar os exames pré-operatórios adequados.
A grande vantagem desta cirurgia é que ela oferece a mesma eficiência das cirurgias convencionais (abertas), mas com menos dor e desconforto. Ao evitar incisões grandes, os pacientes se recuperam mais rapidamente, passam menos tempo no hospital e retornam mais cedo ao trabalho e às atividades diárias.
Dependendo dos detalhes da lesão e do estágio do tumor, pode ser necessário complementar o tratamento com quimioterapia, radioterapia ou cirurgia para remover os linfonodos abdominais (linfadenectomia).
A decisão de utilizar esses tratamentos adicionais depende do estágio do tumor, do tipo histológico e da presença de tumores em outras partes do corpo.
É importante que um urologista e um oncologista clínico avaliem cada caso individualmente.
Conclusão
A orquiectomia, cirurgia para a retirada de um ou dos dois testículos afetados, é eficaz na cura do câncer testicular, especialmente quando a doença é detectada em estágios iniciais.
No entanto, a remoção de ambos os testículos leva à infertilidade permanente, uma vez que os testículos são responsáveis pela produção de espermatozoides. Se apenas um testículo for removido, a fertilidade ainda é possível.
Para saber se a fertilidade poderá ser preservada no seu caso, agende sua consulta com o Dr. José Roberto Colombo Jr, especialista em câncer testicular e na cirurgia de orquiectomia.